sexta-feira, 22 de maio de 2009

R R R

Há coisas que nos ficam para sempre na cabeça, quando o meu irmão mais velho acabou o curso, e enquanto não dava asas à sua genialidade no mundo da publicidade, andou a fazer uma campanha para a Reciclagem.

Lembro-me que um dia cheguei a casa e tinha um mega eco ponto, com tudo assinalado para ninguém se perder. Passaram alguns anos, 5,6, talvez 7... a mania da reciclagem pegou lá em casa de uma maneira incrível. Até a minha Mãe recicla e refila quando alguém coloca o que não deve no lixo orgânico.

Como somos uns animais de hábitos, viver sozinha não me deu para a preguicite e também aqui eu reciclo. Parece tudo normal até aqui, mas a coisa perde a sua normalidade quando hoje de manhã me lembrei dos primeiros tempos cá em casa.

Fazíamos, (ainda fazemos), muito lixo. Eram os restos mortais da viagem e da mudança, as primeiras compras de supermercado, cartões em barda, e quando nos apercebemos do longe que estava o eco ponto a coisa começou a ficar drástica.

1º - não era um local de passagem obrigatória;
2º - era tão longe como atravessar a Av. de Roma;
3º - o lixo ia crescendo à porta de casa.

Um belo dia, cansadas de tanto lixo e já com muito para despejar, estamos a sair do elevador e um dos caixotes abriu-se aos pés de um vizinho - cenário: copos partidos, embalagens, beatas, maços de tabaco, garrafas de álcool... um espólio de vida boémia muito pouco apropriado para se prostrar aos pés de alguém que não me conhece.

A caricatura da cena valeu fortes gargalhas depois de tudo limpo, a idiotice chegou.

Já vos falei do Fontana, o café onde vamos todos os dias, é só atravessar a rua, é de passagem obrigatória, vamos lá mais que uma vez por dia... E NÃO REPARÁMOS NO ECO PONTO QUE ESTÁ À SUA FRENTE E POR ONDE TEMOS QUE PASSAR PARA ENTRAR!

Escusado será dizer que a partir daí a reciclagem ficou bem mais acessível e passível de ser feita, o lixo não tem grande validade nesta casa e a malta recicla, renova e reinventa!

Não serão bem estes os sinónimos dos três R's - mas eu gosto deles assim.



p.s.- fui acusada de viver em Salamanca e não passar todos os dias na Plaza Mayor... servir-me-á a carapuça se quem a fez nem visitou ainda a cidade? Não creio.

2 comentários:

  1. carissima escritora, sem dúvida viver em Salamanca e nao passar pela plaza mayor todos os dias é inqualificável, como é que eu ei de dizer de uma forma simpática...é tipo viver no Barreiro ou em Freixo de Espada a Cinta e nunca sair de lá. Salamanca pelo que pude me aperceber nestas quase 3 semanas que levo de cidade é que é a Plaza Mayor e umas ruas ao lado! Eu já passei na catredal, só nao sabia que era a catedral, é o que dá passar um dia inteiro enfiado num escritório sem vista para o tejo como eu tinha...Ainda n tive muito tempo para o turismo apenas para umas pequenas incursoes pela noite...como tal espero que nos dias que te restam como salamantina, comeces a passar na plaza mayor todos os dias pois é sempre igual, sempre diferente!!! viva a plaza mayor!! vivam as fontes de salamanca!

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  2. lado! Eu já passei na catredal, só nao sabia que era a catedral, é o que dá passar um dia inteiro enfiado num escritório sem vista para o tejo como eu tinha...Ainda n tive muito tempo para o turismo apenas para umas pequenas incursoes pela noite...como tal espero que nos dias que te restam como salamantina, comeces a passar na plaza mayor todos os dias pois é sempre igual, sempre diferente!!! viva a plaza mayor!! vivam as fontes de salamanca!

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