sexta-feira, 10 de abril de 2009

Maria Gaivota

Há umas semanas atrás, em conversa com o J. que está a viver em Madrid, ele disse-me que não via uma gaivota desde Agosto... caiu-me a ficha naquele instante.

É claro que vi uma gaivota depois de Agosto do ano passado, nunca me tinha era apercebido que ver ou não ver uma gaivota implica estar perto ou longe do mar - e aí está o verdadeiro busilis! Aí reside toda a magia de uma tarde numa esplanada a ver o mar, aí reside a magia de uma noite de estrelas, aí reside a essência de uma manhã em minha casa. É aqui, perto do mar, com o grasnar das gaivotas, (caio na tentação de atribuir o grasnar à gaivota, se estiver enganada, por favor corrijam-me), que me sinto em casa, numa casa onde o cheiro a torradas salta da cozinha e se ouve o borbulhar da água na cafeteira porque está na hora do chá.

Tanta magia me trouxe uma gaivota neste minha estada por Portugal, tanta que nunca me esquecerei que foi ela, a gaivota, que me fez ver como é bom regressar aos braços da família, ao conforto dos amigos, à cumplicidade de uma cerveja numa qualquer ruela do Bairro Alto!

A Gaivota da minha vida, apareceu neste ventoso Abril de 2009, e vai marcar todos os Abris da minha vida - têm sido dias de demasiado entusiasmo, em que o objectivo se resume a uma ficha de poker... minha querida Gaivota, ainda bem que aqui chegaste! Hoje, agora e aqui - ainda sou mais feliz do que era quando me fui embora e não te dava o devido valor. A magia do momento está em saber como tê-lo e gozá-lo até ao fim.

Boa Páscoa meus amigos,
Obrigada por tudo o que temos passado juntos,
Aquele abracinho forte,

Maria Gaivota




P.S.- A Avó ligou do Brasil... ia morrendo! Não ouvia a sua voz há três meses... foi tão bom!

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