São miminhos os que saiem das mãos da Senhora Maria do Carmo, verdadeiros miminhos!
A Constança diz que as areias são pedacinhos do paraíso, o meu irmão Kiko diz que são os melhores cozinhados do mundo, o meu Pai diz que não há lagartos como os da dita Senhora. Minha Mãe lambe-se me noite de Natal com os doces de ovos e afins...
Pois eu digo, são miminhos. Verdadeiros miminhos! Sabem tão a casa que afugentam os bichos papões dos armários!
Miminhos que só a Avó Carmo sabe dar...
Hoje,
aqui,
inesperadamente... posso comer estes miminhos e sentir-me pequenina outra vez!
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
é por isso que eles existem!
adoro aquelas pequenas frases dos amigos...
'BORRIFA-TE'
'INOVAÇÃO'
gosto delas, e deles, e do conjunto!
tenho muito bons amigos... são um verdadeiro aconchego em dias de tuburlência...
obrigada!
'BORRIFA-TE'
'INOVAÇÃO'
gosto delas, e deles, e do conjunto!
tenho muito bons amigos... são um verdadeiro aconchego em dias de tuburlência...
obrigada!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Some e segue
Em mais uma das noites que a insónia assalta a minha vida, em mais uma das noites que divago pelo silêncio e me perco em considerações sobre as relações humanas eis que toca a terrível e derradeira música...
The Scientist
Coldplay
Composição: Berryman/Buckland/Champion/Martin
'Come up to meet you,
Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you,
Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets,
And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, coming tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles,
Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start'
Mais um estilhaço nocturno...
The Scientist
Coldplay
Composição: Berryman/Buckland/Champion/Martin
'Come up to meet you,
Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you,
Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets,
And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, coming tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles,
Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start'
Mais um estilhaço nocturno...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
'I believe that the world should revolve around me'
A minha casa tem bolor no corredor, a minha casa tem bolor no corredor! A MINHA CASA TEM BOLOR NO CORREDOR!!!
Não entendo esta coisa das casas terem bolor nos corredores... mas porque raio é que a minha casa tinha que ter bolor no corredor? E porque raio é que a minha cozinha se desfaz aos bocados?
Hoje a Constança limpou o bolor, eu colei os bocados soltos da cozinha. Acho que se continuamos assim vamos passar a viver numa casa tipo-lego!
Está a chover a potes e a minha casa tem bolor! E o bolor vem dizer-me entredentes que eu não comando nada neste pequeno challet, já nem a trampa do jantar eu comando... e sinto-me parva e estúpida! Enfim... vou usufruir do meu quarto limpo e da minha cama que cheira a lavado.
A minha casa tem bolor!
‘I Believe That the World Should Revolve Around Me!’
Não entendo esta coisa das casas terem bolor nos corredores... mas porque raio é que a minha casa tinha que ter bolor no corredor? E porque raio é que a minha cozinha se desfaz aos bocados?
Hoje a Constança limpou o bolor, eu colei os bocados soltos da cozinha. Acho que se continuamos assim vamos passar a viver numa casa tipo-lego!
Está a chover a potes e a minha casa tem bolor! E o bolor vem dizer-me entredentes que eu não comando nada neste pequeno challet, já nem a trampa do jantar eu comando... e sinto-me parva e estúpida! Enfim... vou usufruir do meu quarto limpo e da minha cama que cheira a lavado.
A minha casa tem bolor!
‘I Believe That the World Should Revolve Around Me!’
'Ser mujer y ser joven es una combinación explosiva'
Saí de casa à pressa, vesti a primeira coisa que me apareceu no armário, apanhei o meu cabelo com o primeiro elástico da mesinha de cabeceira, vesti o casaco. Não tinha mais que o porta-moedas e as chaves de casa na mão – café com leite rápido no fontana.
Entro, sou presenteada pela simpatia dos empregados, oiço os habituais piropos... não percebo se o senhor os faz para irritar as colegas, se é ceguinho ou se é só mesmo amoroso. (ficará para outras núpcias) Peço o habitual café com leite que aquece a alma e conforta o dia e eis que as gordas de EL MONDO são – ‘Ser mujer y joven es una combinación explosiva’ – intriguei-me... quem seria a moçoila da capa que tão profunda frase pronuncia?
Sento-me, beberico o café, procuro as páginas da entrevista à Soraya, demasiada informação para quem passou o dia a faxinar... pois que a dita Soraya é a porta-voz do PP no parlamento, pois que a entrevista é sobre o seu cargo e não sobre a sua condição de mulher, bonita e jovem, pois que então não entendo a dita frase da capa!
Volto ao princípio da notícia, releio com mais atenção, e volto a não perceber a frase! Indiferente se a senhora é jovem, o que interessa é se faz ou não bem o seu trabalho! Interessa é saber se vinga o partido que e elegeu como porta-voz parlamentar, interessa é saber se uma mulher, mesmo que jovem, pode estar no Parlamento e ter a mesma dignidade de um homem, interessa é que ainda bem que há mulheres no Parlamento.
Tenho para mim que se o mundo se regesse por mulheres era bem melhor. Lembro-me do Carranca, foi o melhor professor que tive na minha vida de estudante, leccionava Integração na Escola Profissional de Teatro de Cascais, ensinou-me mais que muitos anos de livros e testes. Dizia sempre – ‘As mulheres têm a voz ligada ao coração e ao útero’ – deve ser isso...
A verdade é que Espanha tem mais mulheres que homens no Governo, o cargo da defesa está entregue a uma mulher, e tantos outros cargos. São, na sua maioria, jovens, demasiado jovens. Ou então não. Ter 31 anos, 41 ou 51... indiferente! ‘As mulheres têm a voz ligada ao coração e ao útero’ – sim, têm. Por isso são melhores em cargos de chefia, por isso são mais sinceras. Por isso ainda são alvo da esfera pública quando fazem matéria da VOGUE... que todas as Ministras do mundo se unam e provem que ser mulher não é um impedimento a nada – é uma honra cedida pela Mãe Natureza.
Sim, ‘ser mujer y joven es una combinación explosiva’. Mas não por se ser alvo de piropos enquanto se beberica um café, não porque se leva com aquelas bocas piores que más dos pedreiros, não porque se tem o estigma de se ser mulher. Antes porque se é jovem e porque se acredita que se tem força para mover o mundo, antes porque se é mulher e se tem ‘a voz ligada ao coração e ao útero’, antes porque se tem o dever e o direito de ter voz, antes porque se pode alcançar os que as gerações de outrora não sonhavam alcançar.
Sou mulher e sou jovem.
A cada dia que passa sinto essa combinação explosiva em mim.
Tenho uma Mãe que comanda uma tropa inteira sem pestanejar e, graças a isso, acredito, com toda a minha feminilidade e juventude, que ser Mulher é um Graça cedida pela Mãe Natureza.
Mais, ser mulher e ser jovem é um estado de espírito, qualquer que seja a idade do B.I.
Entro, sou presenteada pela simpatia dos empregados, oiço os habituais piropos... não percebo se o senhor os faz para irritar as colegas, se é ceguinho ou se é só mesmo amoroso. (ficará para outras núpcias) Peço o habitual café com leite que aquece a alma e conforta o dia e eis que as gordas de EL MONDO são – ‘Ser mujer y joven es una combinación explosiva’ – intriguei-me... quem seria a moçoila da capa que tão profunda frase pronuncia?
Sento-me, beberico o café, procuro as páginas da entrevista à Soraya, demasiada informação para quem passou o dia a faxinar... pois que a dita Soraya é a porta-voz do PP no parlamento, pois que a entrevista é sobre o seu cargo e não sobre a sua condição de mulher, bonita e jovem, pois que então não entendo a dita frase da capa!
Volto ao princípio da notícia, releio com mais atenção, e volto a não perceber a frase! Indiferente se a senhora é jovem, o que interessa é se faz ou não bem o seu trabalho! Interessa é saber se vinga o partido que e elegeu como porta-voz parlamentar, interessa é saber se uma mulher, mesmo que jovem, pode estar no Parlamento e ter a mesma dignidade de um homem, interessa é que ainda bem que há mulheres no Parlamento.
Tenho para mim que se o mundo se regesse por mulheres era bem melhor. Lembro-me do Carranca, foi o melhor professor que tive na minha vida de estudante, leccionava Integração na Escola Profissional de Teatro de Cascais, ensinou-me mais que muitos anos de livros e testes. Dizia sempre – ‘As mulheres têm a voz ligada ao coração e ao útero’ – deve ser isso...
A verdade é que Espanha tem mais mulheres que homens no Governo, o cargo da defesa está entregue a uma mulher, e tantos outros cargos. São, na sua maioria, jovens, demasiado jovens. Ou então não. Ter 31 anos, 41 ou 51... indiferente! ‘As mulheres têm a voz ligada ao coração e ao útero’ – sim, têm. Por isso são melhores em cargos de chefia, por isso são mais sinceras. Por isso ainda são alvo da esfera pública quando fazem matéria da VOGUE... que todas as Ministras do mundo se unam e provem que ser mulher não é um impedimento a nada – é uma honra cedida pela Mãe Natureza.
Sim, ‘ser mujer y joven es una combinación explosiva’. Mas não por se ser alvo de piropos enquanto se beberica um café, não porque se leva com aquelas bocas piores que más dos pedreiros, não porque se tem o estigma de se ser mulher. Antes porque se é jovem e porque se acredita que se tem força para mover o mundo, antes porque se é mulher e se tem ‘a voz ligada ao coração e ao útero’, antes porque se tem o dever e o direito de ter voz, antes porque se pode alcançar os que as gerações de outrora não sonhavam alcançar.
Sou mulher e sou jovem.
A cada dia que passa sinto essa combinação explosiva em mim.
Tenho uma Mãe que comanda uma tropa inteira sem pestanejar e, graças a isso, acredito, com toda a minha feminilidade e juventude, que ser Mulher é um Graça cedida pela Mãe Natureza.
Mais, ser mulher e ser jovem é um estado de espírito, qualquer que seja a idade do B.I.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Maçarica, me confesso!
'Aqui, diante de mim, eu' maçarica me confesso!
Desculpem-me todos aqueles que sentiram vontade de comentar os últimos estilhaços e por minha culpa não encontraram o espacinho do comentário...
Já activei os comentários para as próximas explosões, usufruam!
(Quem me mandou a mim pôr-me a inventar?)
Desculpem-me todos aqueles que sentiram vontade de comentar os últimos estilhaços e por minha culpa não encontraram o espacinho do comentário...
Já activei os comentários para as próximas explosões, usufruam!
(Quem me mandou a mim pôr-me a inventar?)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Quim e Pessoa, os extremos juntaram-se hoje!
O QUIM É O REI!
Quem não vibrou já no arraial da terriola ao som do Quim? E quem não parafraseou ‘O Quim é o Rei’? E quem acharia possível que na minha aula de inglês, em plena UPSA,
um dos meus colegas tivesse a Cabritinha como toque de telemóvel?
A verdade é que o Quim é mesmo o Rei! E hoje veio mostrar-me quão vasto é o seu reinado e até onde ele arranja fiéis subditos! Era de manhã, a minha apresentação era sobre cultura portuguesa, eu tentava contornar o colapso cardíaco em eminência, não baralhar o inglês com o espanhol e embelezar com o português a minha exposição de factos mas... quando ele se sai com o Quim deixei-me ir! Senti que aquele meu amiguinho da aula era um cúmplice e a língua desenrolou... e a malta falou e falou e falou...
Nem eu sabia que poderia monopolizar uma aula de inglês desta maneira, nem eu sabia que alguém poderia ter conhecimento da dupla capacidade do Quim, ter curiosidade sobre ‘baba de camelo’ (ou mousse de leite condensado, como lhe quiserem chamar), vibrar com o Portugal dos Pequeninos e achar que Portugal é um país desenvolvido... ups! Os espanhóis acham que somos desenvolvidos... okaaaaayyyy....
Já se passaram umas horas e ainda sinto no ar a minha admiração pelas intervenções que foram feitas:
-‘What is baba de camelo?’
- ‘!A mi me encanta Quim Barreiros!’
-‘You look like a Brazilian girl… your skin… bla bla bla…’
-‘Porto is a beautiful city with an underground… eh… como se dice ambiente?’ – e eu lá tento explicar em inglês, uma coisa que nem eu sei bem o que é... e a saga continua... mas no fim corre bem!
-‘I like very much Fernando Pessoa…’ – pronto, e aí toda a minha alma estava entregue! Fernando Pessoa também era do conhecimento da criança!!!!
Senti-me acompanhada pelo Quim, ali, também eu tinha uns subditos curiosos sobre o meu pequeno país e a sua grande cultura. Senti-me feliz por saber que alguém da minha idade, num outro país, se maravilha a comprar Pessoa em português e a lê-lo, saboreando cada palavra e deixando que a barreira linguística se desmorone com a genialidade da obra, mais uma vez comprovei que é inevitável que me tenham como brasileira e, sobretudo, tive a certeza de uma coisa... depois desta prova de fogo não há aula de Inglês que me volte a tirar o sono, me coloque em posição de colapso cardíaco em eminência nem que me ponha a gritar injúrias.
Foi mais uma prova que em Salamanca a vida insiste em me surpreender... doce Salamanca, hoje voltei a apaixonar-me por ti. Gosto de percorrer as tuas ruas, de regressar a casa com legumes frescos, trocar palavras com a peixeira, cruzar-me com os meninos à entrada do colégio e sentir o teu cheiro pela manhã... voltei a sentir que eras minha.
‘Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive’
Ricardo Reis
With a smile,
Have a good weekend,
Mary
Quem não vibrou já no arraial da terriola ao som do Quim? E quem não parafraseou ‘O Quim é o Rei’? E quem acharia possível que na minha aula de inglês, em plena UPSA,
um dos meus colegas tivesse a Cabritinha como toque de telemóvel?
A verdade é que o Quim é mesmo o Rei! E hoje veio mostrar-me quão vasto é o seu reinado e até onde ele arranja fiéis subditos! Era de manhã, a minha apresentação era sobre cultura portuguesa, eu tentava contornar o colapso cardíaco em eminência, não baralhar o inglês com o espanhol e embelezar com o português a minha exposição de factos mas... quando ele se sai com o Quim deixei-me ir! Senti que aquele meu amiguinho da aula era um cúmplice e a língua desenrolou... e a malta falou e falou e falou...
Nem eu sabia que poderia monopolizar uma aula de inglês desta maneira, nem eu sabia que alguém poderia ter conhecimento da dupla capacidade do Quim, ter curiosidade sobre ‘baba de camelo’ (ou mousse de leite condensado, como lhe quiserem chamar), vibrar com o Portugal dos Pequeninos e achar que Portugal é um país desenvolvido... ups! Os espanhóis acham que somos desenvolvidos... okaaaaayyyy....
Já se passaram umas horas e ainda sinto no ar a minha admiração pelas intervenções que foram feitas:
-‘What is baba de camelo?’
- ‘!A mi me encanta Quim Barreiros!’
-‘You look like a Brazilian girl… your skin… bla bla bla…’
-‘Porto is a beautiful city with an underground… eh… como se dice ambiente?’ – e eu lá tento explicar em inglês, uma coisa que nem eu sei bem o que é... e a saga continua... mas no fim corre bem!
-‘I like very much Fernando Pessoa…’ – pronto, e aí toda a minha alma estava entregue! Fernando Pessoa também era do conhecimento da criança!!!!
Senti-me acompanhada pelo Quim, ali, também eu tinha uns subditos curiosos sobre o meu pequeno país e a sua grande cultura. Senti-me feliz por saber que alguém da minha idade, num outro país, se maravilha a comprar Pessoa em português e a lê-lo, saboreando cada palavra e deixando que a barreira linguística se desmorone com a genialidade da obra, mais uma vez comprovei que é inevitável que me tenham como brasileira e, sobretudo, tive a certeza de uma coisa... depois desta prova de fogo não há aula de Inglês que me volte a tirar o sono, me coloque em posição de colapso cardíaco em eminência nem que me ponha a gritar injúrias.
Foi mais uma prova que em Salamanca a vida insiste em me surpreender... doce Salamanca, hoje voltei a apaixonar-me por ti. Gosto de percorrer as tuas ruas, de regressar a casa com legumes frescos, trocar palavras com a peixeira, cruzar-me com os meninos à entrada do colégio e sentir o teu cheiro pela manhã... voltei a sentir que eras minha.
‘Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive’
Ricardo Reis
With a smile,
Have a good weekend,
Mary
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Do lado esquerdo
Do lado esquerdo...
Os dias que mais custam não são os de interminaveis trabalhos, tampouco são os que chove e faz muito frio. Estão longe de ser aqueles em que as aulas correm mal, a anos-luz de serem aqueles em que a falta de pequeninas coisas se faz sentir... prendem-se com a impossibilidade de estar presente nos momentos em que os amigos mais precisam.
Esses são os dias que custam mais.
Saber que se a minha morada não fosse Salamanca poderia arrancá-los de casa, espetar-lhes uma mini na mão, um cigarro na boca e deixá-los a rir por largas horas.
Esses são, de longe, os dias que custam mais!
Mesmo assim, eu fico. Este é o meu palco. O público serão, sempre, os que da plateia quiserem observar este espectáculo de Luzes, Cores e Sonhos.
Quando o telemóvel acusa uma mensagem e do ecrã surge ‘Saudade’ – o coração aperta-se, mas sabe tão bem... são esses os momentos em que o dia ganha novas cores, que as energias se renovam, que o sorriso toma conta da cara por horas.
Mesmo estando longe, sabes em que sítio me encontras... bem do lado esquerdo! Olha para o lado – estou aí! Sempre para ti!
Os dias que mais custam não são os de interminaveis trabalhos, tampouco são os que chove e faz muito frio. Estão longe de ser aqueles em que as aulas correm mal, a anos-luz de serem aqueles em que a falta de pequeninas coisas se faz sentir... prendem-se com a impossibilidade de estar presente nos momentos em que os amigos mais precisam.
Esses são os dias que custam mais.
Saber que se a minha morada não fosse Salamanca poderia arrancá-los de casa, espetar-lhes uma mini na mão, um cigarro na boca e deixá-los a rir por largas horas.
Esses são, de longe, os dias que custam mais!
Mesmo assim, eu fico. Este é o meu palco. O público serão, sempre, os que da plateia quiserem observar este espectáculo de Luzes, Cores e Sonhos.
Quando o telemóvel acusa uma mensagem e do ecrã surge ‘Saudade’ – o coração aperta-se, mas sabe tão bem... são esses os momentos em que o dia ganha novas cores, que as energias se renovam, que o sorriso toma conta da cara por horas.
Mesmo estando longe, sabes em que sítio me encontras... bem do lado esquerdo! Olha para o lado – estou aí! Sempre para ti!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
CONDENADA A SER LIVRE
A condenação da Liberdade
Sartre escreveu “Estamos condenados a sermos livres”
Tenho as minhas dúvidas acerca desta condenação...
Não quero ser livre! Não sentir que não faço parte de lado algum, ou que as minhas raízes são intemporais. A graça da Liberdade está em ansiá-la todos os dias e saber que não é verdadeiramente o que se deseja.
Não se quer não ser de parte alguma,
Não se sonha não receber um abraço de um amigo,
Não se anseia o silêncio que esmaga,
Não se deita fora uma recordação,
Não se engole eternamente um lágrima desgostosa,
Não se luta por uma Liberdade que condena mais do que liberta.
Sou livre até onde quero, até onde os meus pensamentos me deixam, até onde as convenções sociais aceitam, até onde os meus olhos alcaçam. Nem mais nem menos... a minha Liberdade é espartilhada de laços de irmãos, de memórias de amigos, de aventuras de infância, de sonhos inalcaçaveis, de ansias de rapariga quase mulher, de estudante.
A decisão de sair do País e respirar uma nova vida nem sempre é a mais valente, até pode ser que seja a mais cobarde delas todas. Só há uma Liberdade que eu quero, é aquela em que sou eu que escolho em que caminho me quero perder. Hoje, agora e aqui, o caminho está em Salamanca.
É aqui, por entre linhas e pensamentos.
‘Escreve para não perderes a lucidez... verdadeiramente Livre’ – Obrigada Pai!
Sartre escreveu “Estamos condenados a sermos livres”
Tenho as minhas dúvidas acerca desta condenação...
Não quero ser livre! Não sentir que não faço parte de lado algum, ou que as minhas raízes são intemporais. A graça da Liberdade está em ansiá-la todos os dias e saber que não é verdadeiramente o que se deseja.
Não se quer não ser de parte alguma,
Não se sonha não receber um abraço de um amigo,
Não se anseia o silêncio que esmaga,
Não se deita fora uma recordação,
Não se engole eternamente um lágrima desgostosa,
Não se luta por uma Liberdade que condena mais do que liberta.
Sou livre até onde quero, até onde os meus pensamentos me deixam, até onde as convenções sociais aceitam, até onde os meus olhos alcaçam. Nem mais nem menos... a minha Liberdade é espartilhada de laços de irmãos, de memórias de amigos, de aventuras de infância, de sonhos inalcaçaveis, de ansias de rapariga quase mulher, de estudante.
A decisão de sair do País e respirar uma nova vida nem sempre é a mais valente, até pode ser que seja a mais cobarde delas todas. Só há uma Liberdade que eu quero, é aquela em que sou eu que escolho em que caminho me quero perder. Hoje, agora e aqui, o caminho está em Salamanca.
É aqui, por entre linhas e pensamentos.
‘Escreve para não perderes a lucidez... verdadeiramente Livre’ – Obrigada Pai!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Resumindo concluindo e baralhando...
Revisitei os emails que fui enviando ao longo do três primeiros meses que aqui passei e compilei o que de melhor descreve esta minha aventura... boas leituras!
“As malas estão feitas e seladas, rebentam pelas costuras, anseiam uma folguinha, e a única coisa que vos posso garantir é que quando voltarem trarão muitas experiências, histórias e vida para contar...”
[A minha casa] é “pequenina, cheia de luz, com uma vista de cortar a respiração. É só minha! A minha primeira casa, a minha primeira grande aventura de adulta...”
“É bom demais! As chicas andam aos magotes nas ruas, os chicos parecem tirados de um filme de carros chuning, a nossa casa é no centro da cidade, os vizinhos são de uma simpatia inigualável!
Salamanca é uma cidade do mais bonito que há... nos dias que antecederam a partida de Portugal, estava eu na bela instituição chamada Universidade Católica Portuguesa e deparo-me com o seguinte, escrito em Español numa casa de banho... '¿Qué es poesia? / Me preguntas mientras clavas tu pupila en mi pupila... / ¿Qué es poesia? / ¿Y qué te contesto?/ Poesia eres tu...' esta cidade é isso mesmo, poesia. A melhor maneira que tenho para a descrever é como poesia, não se explica, não se entende, não se gosta, toca-nos de uma maneira especial, sente-se de uma maneira especial e única. Só passou uma semana e parece que estou cá há meses, sinto a casa como minha, a cidade como minha e tudo faz sentido!”
... “Como diz a Tia Guida, Deus deu-me as nozes, agora tenho que mostrar que tenho dentes para elas! E esforçar-me-ei para que tal aconteça!”
[O tempo é estranho], “há dias em que amanhece chuvoso, depois abre e fica um dia caloroso e de repente um frio que corta as mãos e entra pelo nariz à bruta! Mas é bom! Cheira bem esta cidade!”
“Tivemos a nossa primeira aventura séria... pois bem! CARRO REBOCADO!!!” Não há qualquer tipo de palavras para descrever as nossas caras quando tivémos que pagar uma multa pelo reboque, pela estadia do carro no parque dos carros rebocados e por sermos estrangeiras!!! XENÓFOBOS!!!
“Primeiro fim-de-semana tipicamente salmantino, copas y más copas... Variadíssimas nacionalidades, conversas cruzadas, troca de experiências, um sem fim de coisas que nem sei bem como expôr sem me baralhar toda! A verdade é que aqui as coisas ganham um novo significado, descrever a praia das Avencas a uma Holandesa traz nostalgia, falar de tipos de língua em espanhol torna-se uma serie cómica!”
“A Catedral... a Catedral é assim uma coisa que nos esmaga, nos detém a respiração e nos faz sentir pequeninos perante tamanha enormeza. Sentei-me numas escadinhas a desvendar alguns significados da sua fachada e por ali fiquei alguns vinte minutos. Encontrei o austronauta, coloquei a mão no coelho e pedi um desejo, se ele se concretizar tenho que voltar a Salamanca e agradecer! Boa Boa!” (Se me lembrasse do que tinha pedido era um bom começo...)
“Depois das aventuras em busca do Sapo (Rana de la Suerte), seguem-se as aventuras da semana das praxes! Sabe-se lá em Portugal o que são praxes!” Só vos posso dizer que fui alvo de uma alarvidade em plena na Gran Vía e que me senti perdida...
“Tive o meu primeiro momento de chamada à realidade: estou em Espanha, a acabar o curso, estou por minha conta e risco. É assim! Faz parte... "nobody says it was easy"... uma frase que se tem encaixado na perfeição na minha vida!”
[Os fins-de-semana têm sido de] “copas, copas y más copas... las peores de toda mi estada en Salamanca!”
“Já começamos a frequentar a biblioteca e a marrar, isto não se vive só de copos e gargalhadas! Também se trabalha e bem!”
Depois de muito batalhar para entregar os trabalhos a tempo... o último email para Portugal foi nostalgicamente escrito...
“É de noite, tenho a Catedral como pano de fundo, umas velinhas acessas e um silêncio tranquilizante. É por estes momentos que é bom viver sozinha, sem azáfamas familiares, sem horários e sem rotinas.”
“A vida aqui é um misto de gelado de morango com iscas de fígado! Tem dias em que corre sobre rodas, que a cidade me fascina, que a liberdade me conquista e que me sinto dona e senhora do mundo, outras em que me aptece sumir... às vezes, sinto a falta da confusão de Lisboa, das viagens de comboio, do tempo dispendido frente ao mar. Mas esse foi o desafio a que loucamente me propus, foi aprender a viver de outra maneira, numa outra cidade, com uma outra perspectiva de vida.”
“A maior alegria é sentir-me mais perto na distância!”
E no meio da divagação nocturna eis que surge:
“Só não queria deixar de passar em branco que nesta noite em que sinto que a paz se instalou cá em casa me lembrei de vocês!”
Depois disto... acho que posso começar a publicar as aventuras do presente 2009!
Boa Semana!!!
Revisitei os emails que fui enviando ao longo do três primeiros meses que aqui passei e compilei o que de melhor descreve esta minha aventura... boas leituras!
“As malas estão feitas e seladas, rebentam pelas costuras, anseiam uma folguinha, e a única coisa que vos posso garantir é que quando voltarem trarão muitas experiências, histórias e vida para contar...”
[A minha casa] é “pequenina, cheia de luz, com uma vista de cortar a respiração. É só minha! A minha primeira casa, a minha primeira grande aventura de adulta...”
“É bom demais! As chicas andam aos magotes nas ruas, os chicos parecem tirados de um filme de carros chuning, a nossa casa é no centro da cidade, os vizinhos são de uma simpatia inigualável!
Salamanca é uma cidade do mais bonito que há... nos dias que antecederam a partida de Portugal, estava eu na bela instituição chamada Universidade Católica Portuguesa e deparo-me com o seguinte, escrito em Español numa casa de banho... '¿Qué es poesia? / Me preguntas mientras clavas tu pupila en mi pupila... / ¿Qué es poesia? / ¿Y qué te contesto?/ Poesia eres tu...' esta cidade é isso mesmo, poesia. A melhor maneira que tenho para a descrever é como poesia, não se explica, não se entende, não se gosta, toca-nos de uma maneira especial, sente-se de uma maneira especial e única. Só passou uma semana e parece que estou cá há meses, sinto a casa como minha, a cidade como minha e tudo faz sentido!”
... “Como diz a Tia Guida, Deus deu-me as nozes, agora tenho que mostrar que tenho dentes para elas! E esforçar-me-ei para que tal aconteça!”
[O tempo é estranho], “há dias em que amanhece chuvoso, depois abre e fica um dia caloroso e de repente um frio que corta as mãos e entra pelo nariz à bruta! Mas é bom! Cheira bem esta cidade!”
“Tivemos a nossa primeira aventura séria... pois bem! CARRO REBOCADO!!!” Não há qualquer tipo de palavras para descrever as nossas caras quando tivémos que pagar uma multa pelo reboque, pela estadia do carro no parque dos carros rebocados e por sermos estrangeiras!!! XENÓFOBOS!!!
“Primeiro fim-de-semana tipicamente salmantino, copas y más copas... Variadíssimas nacionalidades, conversas cruzadas, troca de experiências, um sem fim de coisas que nem sei bem como expôr sem me baralhar toda! A verdade é que aqui as coisas ganham um novo significado, descrever a praia das Avencas a uma Holandesa traz nostalgia, falar de tipos de língua em espanhol torna-se uma serie cómica!”
“A Catedral... a Catedral é assim uma coisa que nos esmaga, nos detém a respiração e nos faz sentir pequeninos perante tamanha enormeza. Sentei-me numas escadinhas a desvendar alguns significados da sua fachada e por ali fiquei alguns vinte minutos. Encontrei o austronauta, coloquei a mão no coelho e pedi um desejo, se ele se concretizar tenho que voltar a Salamanca e agradecer! Boa Boa!” (Se me lembrasse do que tinha pedido era um bom começo...)
“Depois das aventuras em busca do Sapo (Rana de la Suerte), seguem-se as aventuras da semana das praxes! Sabe-se lá em Portugal o que são praxes!” Só vos posso dizer que fui alvo de uma alarvidade em plena na Gran Vía e que me senti perdida...
“Tive o meu primeiro momento de chamada à realidade: estou em Espanha, a acabar o curso, estou por minha conta e risco. É assim! Faz parte... "nobody says it was easy"... uma frase que se tem encaixado na perfeição na minha vida!”
[Os fins-de-semana têm sido de] “copas, copas y más copas... las peores de toda mi estada en Salamanca!”
“Já começamos a frequentar a biblioteca e a marrar, isto não se vive só de copos e gargalhadas! Também se trabalha e bem!”
Depois de muito batalhar para entregar os trabalhos a tempo... o último email para Portugal foi nostalgicamente escrito...
“É de noite, tenho a Catedral como pano de fundo, umas velinhas acessas e um silêncio tranquilizante. É por estes momentos que é bom viver sozinha, sem azáfamas familiares, sem horários e sem rotinas.”
“A vida aqui é um misto de gelado de morango com iscas de fígado! Tem dias em que corre sobre rodas, que a cidade me fascina, que a liberdade me conquista e que me sinto dona e senhora do mundo, outras em que me aptece sumir... às vezes, sinto a falta da confusão de Lisboa, das viagens de comboio, do tempo dispendido frente ao mar. Mas esse foi o desafio a que loucamente me propus, foi aprender a viver de outra maneira, numa outra cidade, com uma outra perspectiva de vida.”
“A maior alegria é sentir-me mais perto na distância!”
E no meio da divagação nocturna eis que surge:
“Só não queria deixar de passar em branco que nesta noite em que sinto que a paz se instalou cá em casa me lembrei de vocês!”
Depois disto... acho que posso começar a publicar as aventuras do presente 2009!
Boa Semana!!!
domingo, 11 de janeiro de 2009
HOJE É O DIA
‘Um dia ponho a mochila às costas e vou conhecer o mundo. HOJE É O DIA’
... Não peguei na mochila, nem vim conhecer o mundo no seu todo. Fiz a mala e vim conhecer Salamanca.
Durante 10 meses a minha cidade é esta, estas são as minhas ruas, os meus cafés, o meu lar.
Estranha sensação esta de não conseguir saber ao certo em que dia me decidi por esta aventura – surgiu de brincadeira e em brincadeira foi crescendo até tomar uma forma de irrealidade. Inicialmente o horizonte fixou-se no Brasil, seríamos três aventureiros nas terras de Pero Vaz de Caminha. Por várias razões nunca chegamos a escrever nos papéis Brasil, nem o Bernardo veio, ao invés de Brasil ,Salamanca ou Madrid, ao invés de três aventureiros, duas Princesas... sem medos.
Nunca, jamais, me passou pela cabeça que podia ser colocada numa cidade longe da Constança, inconsciência, talvez, mas a certeza que sem ela era um projecto que eu não queria.
Passou a primeira fase, a segunda, as primeiras impressões – ‘Fomos colocadas!!!’- mas resultados que saiem dia 1 de Abril pouca credibilidade têm... e no fim as malas cheias de ansias, os carros atolhados em expectativas e uma viagem onde pelo caminho as dúvidas, os receios e as questões eminentes se dissiparam a cada kilometro de distância.
Já passaram três meses, estupidamente só agora o blog vai para o ar, será um espaço de descrição de aventuras, de berros silenciosos, de eternização de pensamentos e de partilha de histórias com os que por aqui passarem os olhos.
Obrigada a ti, Constança, por me dares miminhos em dias de crise, te rires comigo até altas horas da madrugada, te aventurares em tournés de ginásio, em idas ao mercado em busca de legumes e peixes freco... e tantas outras coisas! Que venham os próximos três meses, seguidos de mais três! Cá estaremos para provar que somos as Verdadeiras Princesas Salmantinas!
HOJE É O DIA!
... Não peguei na mochila, nem vim conhecer o mundo no seu todo. Fiz a mala e vim conhecer Salamanca.
Durante 10 meses a minha cidade é esta, estas são as minhas ruas, os meus cafés, o meu lar.
Estranha sensação esta de não conseguir saber ao certo em que dia me decidi por esta aventura – surgiu de brincadeira e em brincadeira foi crescendo até tomar uma forma de irrealidade. Inicialmente o horizonte fixou-se no Brasil, seríamos três aventureiros nas terras de Pero Vaz de Caminha. Por várias razões nunca chegamos a escrever nos papéis Brasil, nem o Bernardo veio, ao invés de Brasil ,Salamanca ou Madrid, ao invés de três aventureiros, duas Princesas... sem medos.
Nunca, jamais, me passou pela cabeça que podia ser colocada numa cidade longe da Constança, inconsciência, talvez, mas a certeza que sem ela era um projecto que eu não queria.
Passou a primeira fase, a segunda, as primeiras impressões – ‘Fomos colocadas!!!’- mas resultados que saiem dia 1 de Abril pouca credibilidade têm... e no fim as malas cheias de ansias, os carros atolhados em expectativas e uma viagem onde pelo caminho as dúvidas, os receios e as questões eminentes se dissiparam a cada kilometro de distância.
Já passaram três meses, estupidamente só agora o blog vai para o ar, será um espaço de descrição de aventuras, de berros silenciosos, de eternização de pensamentos e de partilha de histórias com os que por aqui passarem os olhos.
Obrigada a ti, Constança, por me dares miminhos em dias de crise, te rires comigo até altas horas da madrugada, te aventurares em tournés de ginásio, em idas ao mercado em busca de legumes e peixes freco... e tantas outras coisas! Que venham os próximos três meses, seguidos de mais três! Cá estaremos para provar que somos as Verdadeiras Princesas Salmantinas!
HOJE É O DIA!
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