sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tenho um problema – um sério problema.

Por norma, quando me aproximo das últimas páginas de um livro tenho tendência para ler calmamante as últimaas linhas... não quero nunca que chegue ao fim a estória das pessoas que partilharam o meu dia-a-dia dos últimos tempos. E a questão é sempre a se não fui que partilhei o meu dia-a-dia com elas?...
Mas tenho mais, a verdade é que sou uma pessoa com demasiados problemas quando acaba de ler um livro – este último que li, diria a Sra minha Mãe, que é um aguinha com açucar, a estória de um grupo de amigos, por sinal actores, em que a personagem principal escreve numa coluna de aconsellhamento numa revista de adolescentes com as hormonas no céu da boca. Escolhi o livro ao acaso de uma prateleira de minha casa, verdadeiramente ao acaso veio até Salamanca e custou-me bastante passar do Equador para uma tradução manhosa de ‘Pede-me o que Quiseres’. (A tradução é tão má, tão má que para terem uma noção a tradutora dá-se ao luxo de fazer 56 notas de rodapé numas míseras 254 páginas, um escândalo, diria eu!) Chegando ao fim do livro fico sem saber qual será o rumo da Rosie, quero acreditar que é o melhor de todos, ou não seria eu a pessoa demasiado sentimental, como me acusa a Constança...
Ia-vos a falar dos problemas e sofri um pequeno desvio, retomemos: tenho vários problemas quando acabo de ler um livro, o primeiro é sempre e agora? Agora o que é que é suposto eu fazer depois de ler um livro? Provavelmente nada, acho que me posso dar ao luxo de não fazer mais do que continuar esparramada no sofá a debater-me sobre as eventuais questões que o livro me tenha suscitado. Mas depois segue-se e que livro vou ler agora? E levanto-me e quedo-me em frente à minha mini biblioteca, e a única coisa que me ocorre é que ‘A Morte de Ricardo Reis’ me olha fulminantemente – a voz do meu Pai ecoa-me na cabeça como uma acusação fortíssima por detestar Saramago e nunca ter lido o mais brilhante dos seus livros. Que me perdoe o Sr. Meu Pai e todos aqueles que gostam de Saramago, mas eu detesto Saramago e não me encontro disposta a gostar do senhor e das suas obras literárias. Deve ser falta de maturidade litarária.
E depois tenho tantos mais problemas quanto as páginas dos livros – e sei que um dia vou escrever um livro, e espero sinceramente que nesse dia, ou no dia em que ele for publicado, não deixe nenhuma criaturinha com insónias e questões dogmaticas por resolver num ponto qaualquer do globo.

Vai para a cama Maria, são horas de estares a dormir!



Não me esqueci do estilhaço sobre o ‘Equador’

1 comentário:

  1. Mas olha que Saramgo é muita giro! Memorial do Convento é uma historia de amor "exquisitisima", como diriam nuestros (más tuyos que mios) hermanos. E o Evangelho Segundo Jesus Cristo,controversias à parte, é genial!
    Gostei muito de visitar este blogue! Boas continuações blogosféricas, erásmicas, ~
    hispanicas...
    PS: aqui fica o meu www.moskatears.blogspot.com

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